Troco de destino: CRB perde título após eliminar Palmeiras com pênalti

No mundo do futebol, a palavra pênalti carrega uma grande carga emocional. São sete letras capazes de criar ansiedade e expectativa tanto nos torcedores quanto nos jogadores. Em uma disputa de pênaltis, a adrenalina toma conta do corpo, a garganta se fecha, e a pressão arterial aumenta, deixando todos em alerta vermelho. É um momento em que até mesmo o coração precisa se conter dentro do peito.

A História do CRB nos Pênaltis

O CRB vivenciou uma final histórica no Rei Pelé, em que venceu o Fortaleza no tempo normal por 2 a 0, levando a decisão da Copa do Nordeste para as penalidades. Essa conquista foi imediatamente associada à classificação mais importante em 111 anos de história do clube. Porém, em 2021, ocorreu uma coincidência cruel. No dia 9 de junho, o Galo venceu o poderoso Palmeiras por 1 a 0 no Allianz Parque, e com uma atuação especial do goleiro Diogo Silva, eliminou o adversário nas cobranças de pênalti por 4 a 3. Essa data chama a atenção por ser exatamente três anos após a classificação histórica do CRB na Copa do Brasil. Contudo, toda a energia daquela noite não foi suficiente para garantir a vitória na decisão regional contra o Fortaleza, encerrando a competição em segundo lugar após a derrota por 5 a 4 nas penalidades.

Doces e Amargas Memórias

O otimismo do torcedor do CRB era alimentado por memórias recentes de disputas de pênaltis bem-sucedidas. O time eliminou o Bahia nas semifinais do Nordestão, convertendo impressionantes oito cobranças em uma Arena Fonte Nova lotada, vencendo por 8 a 7 nas penalidades. Nas quartas de final, o Galo também saiu vitorioso nas cobranças de pênaltis contra o Botafogo-PB, convertendo todas as suas tentativas. Ao longo do campeonato, o CRB teve um excelente desempenho nas penalidades, convertendo 19 cobranças em 20. No entanto, na decisão contra o Fortaleza, o artilheiro Anselmo Ramon falhou em sua cobrança, chutando para fora, enquanto o goleiro Matheus Albino, que havia feito diversas defesas em outras disputas, não conseguiu parar nenhuma batida no último confronto. Assim, o Tricolor se consagrou campeão e colocou a faixa em Maceió.

Infelizmente, o CRB guarda também uma lembrança triste em relação às penalidades. Em 1994, na primeira vez em que o clube chegou à final da Copa do Nordeste, enfrentou o Sport e decidiu o título nas penalidades, sendo derrotado por 4 a 2 no Estádio Rei Pelé. Naquela ocasião, Genílson e Marcelo Fumaça desperdiçaram suas cobranças, enquanto o goleiro Wanderley pegou o pênalti de Juninho Pernambucano. O CRB ainda marcou duas vezes, com Capitão e Carlos Limoeiro, mas não foi suficiente. A taça ficou com o Sport após a cobrança decisiva de Zinho, em um doloroso dia 15 de dezembro de 1994.

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